A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ainda sobre o Tratado Ortográfico

O argumento da uniformização é uma coisa, a base em que se uniformizar é outra. Sobre as vantagens da uniformização orthographica estamos, creio, todos de accordo; não estamos sobre a orthographia que haja de ser a uniforme.
Tambem não o estaremos, supponho, sobre a imposição da orthographia. Que, tomada certa orthographia por official, d’ella use o Estado nas suas publicações, não é mais que inevitável e justo. Sobre o que sejam, para este effeito, «publicações do Estado» haverá um pouco mais de duvida. Os documentos officiaes, «Diarios do Governo», etc. porcerto que são publicações do Estado. Os livros de estudo primário – isto é, os por onde se apprenda a ler – usados nas escolas do Estado, tambem o serão. Que tem, porém, o Estado com os livros que se empregam nas escolas particulares? Que tem com os livros que servem, não para ensinar a ler, mas para ensinar coisas que nelles se lêem?
A orthographia é um phenomeno de cultura, e portanto um phenomeno espiritual. O Estado nada tem com o espirito. O Estado não tem direito a compellir-me, em matéria extranha ao Estado, a escrever numa orthographia que repugno, como não tem direito a impôr-me uma religião que não acceito.

No Brasil a chamada reforma orthographica não foi acceite, nem ainda hoje, depois de assente em accordo entre governos portuguez e brasileiro, é acceite. Quiz-se impôr uma coisa com que o Estado nada tem a um povo que a repugna.


Fernando Pessoa, “Pessoa Inédito”, pag. 248



Sendo que o meu tempo livre nem sempre me permite visitar o blog com a frequência e atenção que ele merece deixem-me de imediato pedir desculpa se este texto já aqui foi exposto ou discutido. Caso não o tenha sido, creio que merece um pouco de pensamento e reflexão.

2 comentários:

José Pires F. disse...

A grafia do próprio texto de Fernando Pessoa, podia até ser a razão primeira para estar com o Acordo Ortográfico.

Sabemos que a língua é um organismo vivo que se desenvolve e adapta aos tempos e costumes, sendo as suas modificações naturais, e, a grafia resulta de um conjunto de regras político-administrativas convencionadas e não de séculos de interacção entre fala e escrita logo, como eu já aqui defendi, a grafia não é uma coisa natural nem tão pouco espiritual.
As razões culturais e históricas da grafia de cada palavra, existem por tradição ortográfica e similaridade do português com outras línguas românicas, com o enorme inconveniente de não existir qualquer estratégia para se escrever correctamente que, não passe pela memorização do léxico e também pela interiorização das regras devido à experiência que vamos adquirindo.
se retirarmos a dimensão afectiva, será inevitável concluir que as alterações são fruto de saltos evolutivos, contribuem para um valor mais alto que é a unificação, tendo o nacional objectivo de manter viva e una uma das línguas mais faladas no mundo.

Isabel Victor disse...

De acordo com o acordo !

Viva o Português ortograficamente vivo !

Viva !

Isabel Victor