A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Texto que nos chegou...

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BRASIL - DIA DA PÁTRIA

A Força da Lusofonia

JJorge Peralta


1. Hoje o Brasil comemora o dia de sua independência. Portugal via separar-se de si um grande e ousado filho; um novo país surge.

Surgia o Brasil como nação soberana. Portugal com esse fato, ficou ainda maior.

Enfim, o Brasil tornou-se, hoje, o maior país da grande Pátria Lusófona, com seus 195.000.000 de habitantes, correspondendo a 75% dos lusófonos do mundo. A matriz está em Portugal, mas a “liderança” estratégica informal está no Brasil. Ou melhor: temos uma liderança compartilhada...

Os outros 7 países lusófonos, incluindo Portugal e os luso-falantes da diáspora, possuem juntos, 67.000.000 de falantes.

O Brasil é, sem sombra de dúvida, uma das grandes marcas que honram a lusofonia, e, portanto, a Língua Portuguesa. Portugal deveria comemorar a Independência do Brasil.

Com todas as suas mazelas, as mesmas que, aliás, incomodam todos os países contemporâneos, o Brasil é um país de grandes riquezas, de grande produção intelectual e de grandes perspectivas.

A independência do Brasil é uma marca lusófona.


2. A todo o momento, nos quatro cantos deste país continental, ouve-se e fala-se a bela Língua Portuguesa, na boca de seus 195.000.000 de falantes.

A cada dia, imprimem-se aqui centenas de livros, editam-se centenas de grandes e médios jornais e propagam-se para todo o globo, via ondas hertzianas, muitos milhares de programas de rádio, de televisão e milhões de comunicação via Internet, veiculados na nossa bela, forte e versátil língua de Camões, de Vieira e de Pessoa.

A Língua Portuguesa do Brasil é uma questão de geopolítica internacional. Não é questão de mesa de bar.


3. A Literatura Brasileira é riquíssima, em poesia e prosa.

A literatura brasileira é uma das marcas de grande viabilidade e visibilidade de nossa Língua comum, a Língua Portuguesa. Aliás o Brasil, como um todo, enriquece significativamente a nossa LÍNGUA COMUM.

Por despeito, por desfeita ou por simples ignorância e arrogância, vemos alguns portugueses, declararem que a Língua Portuguesa do Brasil não enriquece mas empobrece(?!) a Língua Portuguesa. Isto é uma afronta. Como alguém desdenha da língua de um contingente de 195.000.000 de falantes?!

Não menos afrontoso e até cruel, é ler isto, em respeitáveis veículos de comunicação (entre os quais citamos o blogue Nova Águia, com todo o respeito).

Isto é uma marca de puritanismo míope ou caolho. É falta grave de desconhecimento da língua e da política do idioma.


4. Incomoda até as pedras, alguém, em Portugal (?!) desdenhar de uma potencia continental da legítima Língua Portuguesa. Querem até questionar se o Brasil fala a Língua Portuguesa (?!).

Pois eu lhes digo, de plena consciência, sob a responsabilidade de meus títulos acadêmicos e de mais de 40(quarenta) anos de vida universitária, com vivência no Brasil e em Portugal:

O Português do Brasil é tão legítimo como o Português de Portugal. Isto é, terminantemente inquestionável. As diferenças são variantes de um mesmo sistema. Precisamos pensar com a razão e não com o preconceito. Esta é uma questão científica; mas é também social e geopolítica.

Insisto: há mais variações lingüísticas, em Portugal, do que no Brasil. Desafio quem possa me provar o contrário, cientificamente. Senhores, precisamos estudar mais... Quem tiver outros dados, compartilhe-os, por favor. Vamos colocar as cartas na mesa...

Foi uma triste descompostura o que se falou sobre esta questão, ao criticar o Acordo Ortográfico, que alguns, despudoradamente, chamaram DesACORDO. Se for brincadeira, é brincadeira de mau gosto.

Novo Acordo Ortográfico in:

(http://tribunatropical.blogspot.com/2009/08/acordo-ortografico-i)

A Nova Ortografia e os Velhos do Restelo in:

(http://tribunatropical.blogspot.com/2009/06/um-debate-vital-e-oportuno)


5. Em síntese permitam-me fazer uma declaração, no contexto da soberania linguística:

Eu, português de quatro costados, e de raízes milenares dou testemunho do que vejo, sei e sinto, dos dois lados do Atlântico que nos une:

A Língua Portuguesa do Brasil é, inquestionavelmente, a Língua Portuguesa legítima. Tem a mesma legitimidade da Língua Portuguesa de Portugal. As variações são absolutamente normais, em todas as línguas. A variante brasileira é enriquecedora.
A Literatura Brasileira enriquece, sobremaneira, as literaturas de Língua Portuguesa. Não é uma literatura secundária, não. Nem isto se cogita. Se for pelas dimensões, poderíamos dizer que “secundária” é a literatura de Portugal, o que também seria inadmissível de aceitar. As duas caminham juntas, sem se confundirem. Somam e não dividem.
No Brasil, desde sempre, houve declarações sinceras e sonoras de amor à Língua Portuguesa.
Lembro, só para exemplo, a grande escritora, Lígia Fagundes Teles, que declarou, em Conferência na Câmara dos Deputados, Comemorativa dos 500 Anos de Descobrimento: “Eu amo de paixão a Língua Portuguesa”.

Aproveitando uma imagem de Lígia, digo: A Língua Portuguesa do Brasil e a Literatura Brasileira são pedras preciosas que ornam a mesma e grande coroa da Língua Portuguesa.

A Língua Portuguesa é a força motriz da grande Pátria Lusófona, de 260.000.000 de falantes, espalhados pelos quatro cantos do mundo.
A Língua Portuguesa é, efetivamente, um imenso patrimônio imaterial da humanidade. Deve ser respeitada por todos.
Defender e cultivar a nossa Língua é questão de preservação da soberania nacional. Temos, no Brasil, grandes e sinceros cultores da Língua Portuguesa, como os temos em Portugal.


6. Portugal precisa restaurar suas forças e recuperar sua auto-estima, para andar, de cabeça erguida, lado a lado, com os demais países lusófonos. Assim, todos juntos, poderão dar mais visibilidade e vigor à Lusofonia, cada um a seu modo, com o seu próprio rosto.

Para todos os países lusófonos, o Brasil, (apesar de sua mazelas), com toda a sua natural vitalidade e versatilidade, é uma lição de vida e de desenvolvimento.

Independentemente do inquilino de plantão, no Palácio do Planalto, o Brasil é uma grande lição de ousadia, que herdou dos ousados Bandeirantes. O Brasil é o país dos Bandeirantes.

Leia mais: www.portaldalusofonia.com.br/artigosnossapatria

3 comentários:

Sebastião disse...

A mim não me incomoda nada. Não sou nenhum velho do Restelo. Brasil é na realidade a nossa nação irmã a par das outras que pertencem efetivamente à CPLP e que conosco partilharam 500 anos de convivência a todos os níveis. Viva o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Goa, Damão, Díu, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Portugal, Macau.

Casimiro Ceivães disse...

E Galiza, a nossa meia-irmã mais velha.

Sebastião disse...

Aí é que está! A Galiza não é nossa irmã, não fez parte nem faz parte da partilha secular nem sequer tem como língua materna a Língua Portuguesa. A nação irmã de Portugal é o Brasil e todas as outras que partilharam conosco o império.