Ontem aconteceu eu ver, pela televisão, um encontro de uma das várias modalidades que integram os Jogos da Lusofonia 2009, que estão a decorrer em Portugal: o basquetebol, mais precisamente o desafio referente às meias finais, entre Portugal e Cabo Verde... e reparei em algo que muito me surpreendeu.
Não, não foi a vitória de Cabo Verde (66-67), embora, à partida, Portugal fosse considerado favorito. Nem foi a utilização constante, pelos comentadores da RTP, de expressões tão «portuguesas» como «speaker», «pick and roll», «turn over» e «air ball». Não, o que mais me espantou foi verificar que, no ecrã, no marcador que indicava a pontuação, e enquanto Portugal era designado pela sigla «POR» (normal), Cabo Verde era designado pela sigla... «CPV» (anormal?). Hoje, no desafio referente à final, e que Angola venceu (106-64), o mesmo voltou a acontecer.
Ora bem: que eu saiba, não há qualquer «p» em «Cabo Verde». Porém, se traduzirmos «Cabo Verde» para francês, ficamos com «Cap Vert». E lá está o «p»! Entretanto, consultei o sítio na Internet dos Jogos... e «CPV» está «por todo o lado»! Mais: Moçambique aparece como «MOZ», ou seja, «Mozambique»!
Bem sei que o facto de Cabo Verde (e também a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe) pertencer à Organização Internacional da Francofonia, e o facto de Moçambique pertencer à Commonwealth, implicam, para se obter alguns benefícios, fazer... algumas concessões. Mas têm estas de incluir – nos Jogos da LUSOFONIA! – a não utilização plena das palavras e das letras – em português! – que, ao que me consta, continuam a constituir a designação oficial daqueles países? Já agora, porque não triplicar o título desta iniciativa, passando esta a ser denominada igualmente por «Les Jeux de la Lusophonie» e «The Games of the Lusophony»?
São episódios como este que por vezes me fazem duvidar do que eu escrevi e defendi (com Luís Ferreira Lopes) no livro «Os Novos Descobrimentos». Se nem nas nossas próprias realizações conseguimos assegurar a exclusividade, ou, pelo menos, a primazia inequívoca da nossa fonia, então... fónix!
Não, não foi a vitória de Cabo Verde (66-67), embora, à partida, Portugal fosse considerado favorito. Nem foi a utilização constante, pelos comentadores da RTP, de expressões tão «portuguesas» como «speaker», «pick and roll», «turn over» e «air ball». Não, o que mais me espantou foi verificar que, no ecrã, no marcador que indicava a pontuação, e enquanto Portugal era designado pela sigla «POR» (normal), Cabo Verde era designado pela sigla... «CPV» (anormal?). Hoje, no desafio referente à final, e que Angola venceu (106-64), o mesmo voltou a acontecer.
Ora bem: que eu saiba, não há qualquer «p» em «Cabo Verde». Porém, se traduzirmos «Cabo Verde» para francês, ficamos com «Cap Vert». E lá está o «p»! Entretanto, consultei o sítio na Internet dos Jogos... e «CPV» está «por todo o lado»! Mais: Moçambique aparece como «MOZ», ou seja, «Mozambique»!
Bem sei que o facto de Cabo Verde (e também a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe) pertencer à Organização Internacional da Francofonia, e o facto de Moçambique pertencer à Commonwealth, implicam, para se obter alguns benefícios, fazer... algumas concessões. Mas têm estas de incluir – nos Jogos da LUSOFONIA! – a não utilização plena das palavras e das letras – em português! – que, ao que me consta, continuam a constituir a designação oficial daqueles países? Já agora, porque não triplicar o título desta iniciativa, passando esta a ser denominada igualmente por «Les Jeux de la Lusophonie» e «The Games of the Lusophony»?
São episódios como este que por vezes me fazem duvidar do que eu escrevi e defendi (com Luís Ferreira Lopes) no livro «Os Novos Descobrimentos». Se nem nas nossas próprias realizações conseguimos assegurar a exclusividade, ou, pelo menos, a primazia inequívoca da nossa fonia, então... fónix!
1 comentário:
Tudo dito...
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