Por tudo que pensei que tinha e não era nada, depois que fiquei profundamente triste e vi que estava só, foi que eu compreendi que só sempre estive e nunca qualquer coisa tive.
E o que pensava ter e ostentava, mesmo que só para mim o exibisse não é já agora mesmo nada.
Tudo se apaga de repente, e o que desejo neste instante é só uma fresta no tempo ou no raio que os parta ou no inferno do juízo final, para ver o que sobrou da grande batalha cósmica, que destruiu todos os deuses de barro, falsos ídolos e os homens que sabem de tudo.
Pena sejam essas destruições só no meu desassossego!
Se bem que esses trastes sempre viveram de fantasia e de acordo com a crença de uns, e a burrice de outros.
Mas quando se deixa de ser “burro”, e isto é trágico, não se é mais nada.
Eu não posso dizer que sou “burro”, neste momento, mas também não sou mais nada do que pensava ser, quanto alimentava lembranças e alegrias de contentamentos de momentos passados.
Mas se por um lado sinto que não sou mesmo “burro”, por outro sei que não sou também nenhuma qualquer coisa, e nem até gente, apenas gente numa pessoa representada com identidade cidadã e até duvido que o esteja em condições de ir lá para fora interagir com outras pessoas.
Não sou nada.
E por não ser nada tanto faz ter ou não ter o que pendure ao pescoço para ostentar aos outros, se para mim tanto faz haver coisas ou não-coisas.
Mas eu sei que isto passa, e daqui a pouco, porque seja um ser psíquico, algo se faz em temperatura amena e de ânimo novo cumpre uma leve brisa.
Conquanto seja isso também parte do problema, pois estou cansado desse joguinho idiota de ser, saber, conhecer o que ninguém saiba o quê nessa ordem é, sabe, conhece e vai “novo debaixo do sol”.
Está aí uma coisa boa de lembrar, e esta frase (nada de novo debaixo do sol) de repente me veio á memória e Kunaton. E pelo que fez é alguém que valeu a pena ter existido.
Naturalmente que Ele não é o único! Ainda bem!
Bem, parece que estou saindo do processo “do projeto fundo do poço”.
Mas não tenho saudade de respirar com vontade.
E olhem que Respirar e um Eixo foi tudo quando busquei a vida inteira.
Respirar com arte e exercitar o Eixo de acordo com o sábio chinês que afirmava ser o verdadeiro Eixo a pena do ovo e a terceira pata da galinha.
E embora não tenha encontrado a galinha de três patas nem o ovo com penas sei que o eixo real aí se encontra.
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sábado, 6 de junho de 2009
TUDO POR CAUSA DE GOVERNOS CORRUPTOS... HÁ FOME, MENTIRA, HÁ IRA E O SANGUE EM VEZ DE NAS VEIAS CORRE NO CHÃO.
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2 comentários:
Gosto sinceramente da sua originalíssima prosa, que sabe esculpir com a mesma destreza com que lavra ou entalha o tronco de madeira. Sinceramente, digo e repito. Tão bem maneja a pena como as goivas e os furmões. Gosto de lê-lo!
Partindo do Senhor, me sinto
honrado. "Obrigadíssimo"
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