A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Paisagem e Pátria II

A história de um país, de um povo com suas multiplas faces, é somente a superfície do que significa a palavra pátria. Mas a história lança paisagens imutáveis na nossa lembrança: um inverno sem cores, caminhos de ferro, arame, uma floresta de bétulas…

Die Geschichte eines Landes, eines Volkes mit seinen vielen Gesichtern, ist nur die Oberfläche dessen, was das Wort Heimat bedeutet. Aber sie wirft unveränderliche Landschaften in unsere Erinnerung: ein Winter ohne Farben, Wege au Eisen, Draht, ein Birkenwald…

Quem fala que não tem pátria, fala, de um certo modo, a verdade. Ninguém pode possuir uma pátria. Podemos ser os donos de um mero pedaço de terra, mas nunca os donos da pátria. Isto é uma das diferenças entre Nacionalismo e Patriotismo.

Wer sagt, dass er keine Heimat hat, sagt, in gewisser Weise, die Wahrheit. Niemand kann eine Heimat besitzen. Wir können die Herren eines blossen Stück Erde sein, aber nie die Herren der Heimat. Das ist einer der Unterschiede zwischen Nationalismus und Patriotismus.

Sempre vi a paisagem da minha terra natal com um olhar interior, onde a luz vermelha do sol poente cobre os campos e no céu da noite vagueam estrelas artificias da arbitrariedade e da angústia.

Immer sah ich die Landschaft meiner Heimat mit einem inneren Auge, wo das rote Licht der untergehenden Sonne die Felder bedeckt und am nächtlichen Himmel künstliche Sterne der Willkür und der Beklemmung wandern.

2 comentários:

Paulo Borges disse...

Perfeitamente de acordo ! A pátria portuguesa é também o pasmo com que fitamos o infinito horizonte onde mar e céu se confundem, a saudade de um não sei quê que nos arrebata do finisterra para o universo e mais além... Aquilo que nos impede de sermos apenas portugueses... Será também isso a Sehnsucht germânica, pelo menos a dos românticos ?...

dmh disse...

Se a alma é extendida entre as coisas, que se não movem e as coisas, que se movem, ela pareçe como uma membrana onde toda brisa, todo toque e todo som se junta numa melodia silenciosa e infinita. Esta melodia, esta extensão ou distensão doce e dolorosa pode se chamar saudade ou Sehnsucht e pode se considerar como um dos principios fundamentais do ser humano e (talvez) de todo ser vivo. A paisagem (cor, traço, sombra) da pátria, entendido como Heimat, como toda paisagem amada e desejada é uma gravaçao saudosa, doce, dolorosa e inegavel. Uma pessoa nunca aparece no nada, sempre aparece dentro de uma paisagem (natural ou cultural) que marca, fere e cuida.

Wenn die Seele zwischen den Dingen, die sich nicht bewegen und den Dingen, die sich bewegen aufgespannt ist, erscheint sie wie eine Membran wo sich jede Brise, jede Berührung und jeder Klang zu einer einzigen stillen und unendlichen Melodie vereint. Diese Melodie, diese Ausbreitung oder süsse und schmerzhafte Dehnung, kann man saudade oder Sehnsucht nennen und als eines der grundlegenden Prinzipien des menschlichen Wesen und (vielleicht) aller Lebewesen betrachten. Die Landschaft (Farbe, Strich, Schatten) der Patria, verstanden als Heimat, sowie jede geliebte und erwünschte Landschaft ist eine sehnsuchtsvolle Aufnahme, süss, schmerzvoll und unleugbar. Eine Person erscheint nie im Nichts, erscheint immer in einer (natürlichen oder kulturellen) Landschaft, die kennzeichnet, verletzt und sorgt.