PASSADO E
MEMÓRIA: 100 ANOS DA MORTE DE GUERRA JUNQUEIRO
Miguel Parada
O tempo leva-nos hoje a recordar um transmontano de
distintas invulgaridades, ilustre homem de letras que nos deixava deste mundo a
7 de julho de 1923. Natural de Freixo de Espada à Cinta, o poeta, político e
filósofo Guerra Junqueiro permanece ainda hoje um nome insuficientemente
recordado na cultura nacional. Não se deve a isso o descrédito nem a
negligência – apesar do funesto papel para o qual António Sérgio e a Seara Nova contribuíram -, mas
igualmente a irreverência e o caráter cáustico e excêntrico de tom impolido,
senão mesmo indisciplinado de muitos dos escritos do nosso poeta e ainda a
perda da memória coletiva do povo português.
(excerto)