PRESENÇA DO AUTO NO ESPAÇO CULTURAL LUSÓFONO
António Braz Teixeira
1. No seu início, no século XVI, o teatro português
demandou duas vias diversas, a primeira na ordem do tempo, a do auto ou
do teatro popular e a segunda, um pouco mais tardia, de feição renascentista ou
neo-latina.
Iniciada por Gil Vicente, no alvorecer da centúria e
por ele dominada até meados da década de 30, a primeira seria prosseguida,
depois, por comediógrafos e dramaturgos como Anrique da Mota, Afonso Álvares,
António Ribeiro Chiado, Baltasar Dias, António Prestes, Simão Machado e por
vários outros autores de menor envergadura, como Jerónimo Ribeiro, Jorge Pinto,
João Escobar, António de Lisboa, Sebastião Pires ou Francisco Vaz, de Guimarães
e pelos autores desconhecidos de textos religiosos e profanos como o Auto da
geração humana, o Auto de Vicente Anes Joeira, o Auto de D. André,
o Auto dos Sátiros, o Auto de D. Luís e os turcos ou o Auto do
Duque de Florença.