segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

I Simpósio Internacional Multidisciplinar Portugal-Brasil


Quando em 2022, a Isabel Coimbra, por sugestão da Annabela Rita, agendou connosco uma reunião na sede do MIL (Movimento Internacional Lusófono) para nos falar do seu propósito de criar uma plataforma que agregasse os Pesquisadores Brasileiros em Portugal, a nossa primeira reacção foi: excelente ideia! Como é que ninguém pensou nisso antes?

Provavelmente, para não dizer decerto, essa ideia já teria sido pensada por outras pessoas. A diferença é que só agora houve pessoas que a conseguiram concretizar. De resto, como costumamos dizer: “boas ideias, toda a gente tem – a diferença maior não está pois em ter boas ideias, mas em conseguir concretizá-las”. Essa é, de facto, a diferença maior.

Parabéns, pois, antes de mais, à Isabel Coimbra e aos seus colegas por terem conseguido criar o CPBP (Colectivo de Pesquisadores Brasileiros em Portugal), uma plataforma que manifestamente fazia falta e que deveria, de resto, ser replicada por outras comunidades de pesquisadores a trabalharem em Portugal – falamos, em particular, de outras comunidades lusófonas. Como é sabido, no seu conjunto, há vários milhares de pesquisadores lusófonos a trabalharem em Portugal, nas mais diversas entidades académicas do país.

O MIL, a que presidimos, como entidade que promove a cooperação, nas mais diversas áreas, em todo o espaço da lusofonia, tem dado todo o apoio a esta nova plataforma – nomeadamente, na realização on-line do I Simpósio Internacional Multidisciplinar do CPBP e na edição deste livro, que resulta desse memorável encontro. Prezamos, aliás, a criação de plataformas: quer as que agregam pessoas, quer as que agregam entidades.

Desde meados de 2022, o ano da criação do CPBP, o próprio MIL preside à PASC (Plataforma de Associações da Sociedade Civil/ Casa da Cidadania), uma outra plataforma que agrega, neste caso, mais de meia centena de Associações da Sociedade Civil, das mais variadas áreas, sediadas em Portugal. Porque prezamos “trabalhar em rede”, por mais que seja sempre assaz difícil conjugar pessoas com caminhos muito diferentes entre si, como é o caso do CPBP, ou, no caso da PASC, entidades com horizontes entre si muito diversos. Quanto mais difícil, porém, mais compensador: é em rede que se cumprem sempre os maiores Caminhos do Horizonte…

Renato Epifânio