Quando em 2022, a Isabel
Coimbra, por sugestão da Annabela Rita, agendou connosco uma reunião na sede do
MIL (Movimento Internacional Lusófono) para nos falar do seu propósito de criar
uma plataforma que agregasse os Pesquisadores Brasileiros em Portugal, a nossa
primeira reacção foi: excelente ideia! Como é que ninguém pensou nisso antes?
Provavelmente, para não dizer
decerto, essa ideia já teria sido pensada por outras pessoas. A diferença é que
só agora houve pessoas que a conseguiram concretizar. De resto, como costumamos
dizer: “boas ideias, toda a gente tem – a diferença maior não está pois em ter
boas ideias, mas em conseguir concretizá-las”. Essa é, de facto, a diferença
maior.
Parabéns, pois, antes de mais,
à Isabel Coimbra e aos seus colegas por terem conseguido criar o CPBP (Colectivo
de Pesquisadores Brasileiros em Portugal), uma plataforma que manifestamente
fazia falta e que deveria, de resto, ser replicada por outras comunidades de
pesquisadores a trabalharem em Portugal – falamos, em particular, de outras
comunidades lusófonas. Como é sabido, no seu conjunto, há vários milhares de
pesquisadores lusófonos a trabalharem em Portugal, nas mais diversas entidades
académicas do país.
O MIL, a que presidimos, como
entidade que promove a cooperação, nas mais diversas áreas, em todo o espaço da
lusofonia, tem dado todo o apoio a esta nova plataforma – nomeadamente, na
realização on-line do I Simpósio Internacional
Multidisciplinar do CPBP e na edição deste livro, que resulta desse memorável
encontro. Prezamos, aliás, a criação de plataformas: quer as que agregam
pessoas, quer as que agregam entidades.
Desde meados de 2022, o ano da criação do CPBP, o próprio MIL preside à PASC (Plataforma de Associações da Sociedade Civil/ Casa da Cidadania), uma outra plataforma que agrega, neste caso, mais de meia centena de Associações da Sociedade Civil, das mais variadas áreas, sediadas em Portugal. Porque prezamos “trabalhar em rede”, por mais que seja sempre assaz difícil conjugar pessoas com caminhos muito diferentes entre si, como é o caso do CPBP, ou, no caso da PASC, entidades com horizontes entre si muito diversos. Quanto mais difícil, porém, mais compensador: é em rede que se cumprem sempre os maiores Caminhos do Horizonte…
Renato Epifânio