sábado, 29 de novembro de 2008

Do "fascismo" e da (in)coerência...

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R: Achas então que o Estado Novo foi um regime fascista?

L: Claro! Não impôs a censura?

R: Sim, sem dúvida.

L: E não praticou a perseguição política?

R. Inquestionavelmente.

L: Logo…

R: Mas então: e os outros regimes que o fizeram, que ainda o fazem, como por exemplo, o chinês?

L: Esse não é fascista!!!

R: Mas não impõe a censura, e não pratica a perseguição política?

L: (…).

P: Pois, de facto.

L: Bom, se tu assim pensas, concordo contigo.

A: E eu ainda mais!

2 comentários:

  1. O regime Salazarista de fascista teve a estética do início, mas logo depois, quando o fascismo ficou "demodé", as raízes rurais, religiosas e conservadoras do regime mostraram a sua verdadeira face anti revolucionária,(ao contrário do fascismo, esse sim revolucionário e de cariz urbano) e reacionária, impeditiva de se fazerem as mudanças necessárias para Portugal ter saído da II guerra mundial como potência federalizadora das colónias portuguesas de África, dando-lhes uma autonomia alargada e depois a independência, mas de forma gradual e não abrupta como aconteceu em 1975.
    Portugal, a lusofonia e as pátrias lusófonas em África perderam por isso mais de 70 anos de evolução devido ao Salazarismo e ainda por cima e também por causa disso, entrámos na CEE, correndo o risco de perdermos a nossa própria independência.
    A organização do caos é por isso mais trabalhosa e requer mais empenho, mas acredito que Portugal há-de sobreviver a mais esta batalha, afinal é só mais uma, e conseguir de novo reerguer-se das cinzas em que estamos enterrados nesta europa de regiões e anti-pátrias.

    Luís Cruz Guerreiro

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